O setor de eletroestimulação muscular de corpo inteiro no Brasil tem tudo para crescer por conta de um outro aspecto: o elevado número de sedentários no país.
Como esse trabalho tem características para cativar aqueles que não se sensibilizaram até o momento com nenhum outro tipo de exercício físico existente– ou se apoiam na falta de tempo para não se mexer – o casamento parece ser ideal.
O motivo é simples: esse vasto número de sedentários tem agora à disposição um tipo de técnica de atividade física que consome apenas 20 minutos de treinamento, uma a três vezes por semana. A eletroestimulação muscular de corpo inteiro tem como base de trabalho um colete feito de neoprene, semelhante a uma roupa de mergulho, porém recheado de eletrodos, ligados a uma máquina de última geração, parecida com uma tela de computador. Basta vestir esse colete de treinamento, sobre uma blusa e legging de malha especial, feita de algodão e elastano, para que o aparelho, uma vez acionado, estimule a musculatura.
O praticante, porém, não estará estático. Orientado por um profissional de educação física, que saiba manipular o aparelho, ele realizará exercícios específicos para cada um dos grupos musculares. Ainda que estimule vários músculos simultaneamente, a máquina pode ser programada para dar ênfase ao grupo muscular correspondente ao exercício que será feito. O exercício contrai as fibras musculares de forma voluntária e a máquina trabalha contrações involuntárias, atingindo de forma profunda e precisa as fibras 2b, de explosão. Porém, sem risco de lesão, pois não são utilizados pesos. Por esse motivo, a tecnologia proporciona uma qualidade de contração ou treino muscular de nível profissional, mesmo para quem não é atleta.
Para se ter ideia da imensidão desse novo campo de trabalho que a eletroestimulação muscular de corpo inteiro pode alcançar, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2016, divulgados recentemente, dão conta que 1,4 bilhão de pessoas em todo mundo são sedentárias.
Isso aumenta o risco de doenças cardiovasculares e diabetes, entre outras. No que se refere especificamente ao Brasil, o sedentarismo atinge 47% da população adulta do país, elevando a média da América Latina pra 39%. Ainda que o Brasil seja, por exemplo, o segundo país do mundo em número de academias, de acordo com dados da da IHRSA (The International Health Racquet & Sportsclub Association), com sede em Boston (EUA), os brasileiros representam o povo mais sedentário entre os latinos.
Somos a associação representativa da eletroestimulação muscular em todo território nacional, sempre em sintonia com as tendências mundiais do segmento e protegendo os direitos dos profissionais que potencializam o uso da EMS no Brasil.